quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Top Dark

Bom, como não tenho nada para fazer, desenterrei a ideia de fazer um Top List com os melhores clipes de temática obscura, escolhidos dedo a dedo por mim.

Essa ideia genial surgiu quando eu e alguns amigos chegamos a uma única e óbvia conclusão com relação aos clipes de metal; São todos uma bela bosta. Porém, sempre existem exceções, concordam?
Pois bem, eu como ex-futura publicitária, decidi juntar um amontoado de clipes de bandas famosas e outras nem tanto, os assisti e escolhi os que mais chamaram a minha atenção.

O que esses clipes têm em comum? Esse ar sombrio que me enche os olhos!



12º My Dying Bride

A banda: MDB sempre foi uma banda que influenciou vários e vários outros grupos que tivessem um pézinho depressivo. Sua sonoridade arrastada e a voz do vocalista Aaron Stainthorpe são marca registrada da segunda melhor banda de Doom Metal, depois do consagrado Candlemass.

O clipe: É um desses vídeos de Internet que não se sabe se é clipe oficial ou fã-video. Fato é que a simplicidade e o ar romântico que o envolvem, junto do roteiro simples e surpreendente, são toda a graça e charme dele. Além, claro, da bela moçoila gótica que sou eu em um futuro próximo. =D




11º Agalloch

A banda: Agalloch é um dos meus mais recentes amores, que descobri nessa minha busca maluca por bons clipes. Além de ser uma banda "recente", tem um som único, que em alguns breves momentos lembram bandas como o antigo Katatonia e antigo Anathema. Um som exótico e delicioso de ouvir. Sem mais.

O clipe: Simples, mas com uma puta fotografia, cortes de câmera bem produzidos, dá aquela sensação de frio quando é assistido. E, na boa, eu AMO clipes sem pé e sem cabeça.




10º Lacuna Coil

A banda: Banda italiana, é uma das poucas com vocal feminino em que a vocalista não tem voz de criança, isso é muito bom porque vocês podem ver o clipe sem ter que desligar o audio. Aliás, a voz da Scabbia é linda e nessa música, em especial, está ainda mais.

O clipe: A mesma história de sempre; fotografia, direção de arte, cortes, figurino e blá blá blá. Porém, destaque para a coloração da nossa película.




9º Moonspell

A banda: Black/Gothic, Moonspell é uma das poucas bandas de Portugual que eu gosto e que merece respeito de verdade. Mesmo sendo dessas bandas que deixa cair sua qualidade conforme o tempo, o peso e as letras que são verdadeiras poesias estão sempre presente na estrutura do grupo. E lá na terrinha são considerados estrelas, oras pá!

O clipe: No geral, os clipes do Moonspell são, igualmente ao resto de seu trabalho, verdadeiras obras-primas, super bem produzidos e super bem bolados. Maaaas, se tem algo que me irrita profundamente em video-clipe, é o excesso da utilização do croma, ainda mais quando dá pra ver NITIDAMENTE que se está usando croma.
Pois é, eles usam e abusam disso.
O clipe de Luna por sua vez, é uma animação, que além de ser bonitinha e bem feitinha, é mega chocante. Mas só tem graça se for a versão censurada, bgs.




8º Atrocity

A banda: (L)____(L)'

O clipe: Era pra ser um clipe farofa e saiu uma puta produção. Só isso.




7º Sirenia

A banda: Banda de som delicado como cristal entretanto que enjoa rápido, já trocou de membros mais vezes que o É o Tcham, mas essa fase com a belíssima Monika Pedersen é de longe a melhor fase da banda.

O clipe: Ok, aqui eu pago pela minha boca quando digo que não gosto da utilização exagerada de croma. Só que esse clipe ficou com uma fotografia tão perfeita que eu me rendi ao seu encanto.




6º Virgin Black

A banda: Considerada por alguns como cristã, Virgin Black é uma banda única de som profundo e letras que além de lindas buscam o melhor do ser humano. O som único e distorcido faz do VB algo exótico, de qualidade e viciante!

O clipe: Até onde sei, é de produção própria, como se fosse um trabalho de faculdade. Com uma ar Tim Burtoniano, é um clipe delicado e agressivo ao mesmo tempo, com um roteiro.. hm.. é, fofo. Bem histórinha de gótico pré-adolescente.



Antes que me esqueça, eu AMO o solo final dessa música.


5º Cristina Aguilera

Aaaaaah, qualé?!
Vão me dizer que esse clipe não é mega trevoso, e foda, e lindo, e com um figurino de fazer inveja à qualquer Lady Vampira Gótica do Orkut?




4º The 69 Eyes

A banda: Uma das bandas precursoras da idéia do Glam Gothic Rock e a maior delas atualmente, T69E dispensa comentários.

O clipe: O primeiro da banda, olha que bonitinho. *-*
Tem a participação do Ville Valo, que foi quem os lançou pro mercado. Siiim, o Ville aparece no clipe! Prestem bem atenção que vocês vêem.

O clipe tem um clima todo dark, envolvente, gostoso. Dá vontade de catar um sobretudo e ir pro primeiro buraco gótico que aparecer à sua frente.
E essa é minha música preferida deles. (L)




3º Nightwish

A banda: Quem começou à ouvir banda trevosa por causa de Nightwish coloca o deduá ki *empina a bunda*

O clipe: Antes que venham com "Nemo é coisa de poser", "só gótico de MTV ouve NW" e blá blá blá. Esse clipe é de longe um dos melhores clipes na história do Metal. Sim, do METAL. u__ú
Mesmo assim, não é o melhor do Nightwish, porque tem Sleeping Sun 2005, mas foge um pouco da nossa temática, então...




2º Type O Negative

A banda: Peter Steele, Josh Silver, Kenny Hickey e Johnny Kelly. Foi A banda, me entendem? Talvez ToN só esteja em segundo por questões pessoais, sim, e daí? Ao menos não fui injusta de coloca-los em primeiro, o que é um pecado.

Banda de duplos sentidos, envolve tudo que for sério e sarcástico em uma única música. A genialidade em melodias, com o som arrastado e extasiador. A poderosa voz de Peter Steele. Foi a melhor banda já existênte. :')

O clipe: Orgasmos múltiplos, coloridos e em 3D. Tirem a prova;






A banda: Amada por muitos, odiada por mais ainda, não faz meu gênero, mas acho a banda muito boa, mesmo! E essa música é indiscutivelmente uma das coisas mais lindas do mundo.

O clipe: Digo e repito, esse clipe, de todos os aqui mostrados é o melhor! Melhor que os não mostrados e melhor até que os que nem foram feitos ainda!
A qualidade das imagens, o figurino, a maquiagem, a produção, a direção, a fotografia, o roteiro, os detalhes.. cada detalhe; Um olhar, um pulo, um fio de cabelo, uma lambida. Nhãm nhãm.
É muito perfeito. Não há quem negue isso. Nymphethamine é de todos os clipes, o grande merecedor de verdade de um Oscar;






Agora chega de trevozismo, antes que alguém corte os pulsos aqui.

Fui adocicar a vida e ouvir Restart. Beijos.

quarta-feira, 22 de setembro de 2010

Por Acasos

Dois antigos amantes se encontram por acaso, os dois num mesmo caminho. Normalmente, se cumprimentam e seguem lado a lado sem trocar uma palavra.
Vendo o silêncio constrangedor que alí se fazia, um deles pergunta convicto, com ar de superioridade;

- Você ainda me deseja?

O outro, indiferente, responde:

- Não mais.

Mais uma vez o silêncio reinou. Mas dessa vez era gritante, machucava.

- E você? Ainda me deseja?

Como se agora fizesse alguma diferença.

quarta-feira, 11 de agosto de 2010

Perfect Strangers

Já há algum tempo que me perco em meus pensamentos, com a culpa entalada na garganta como se algo de errado tivesse sido feito. Sempre soube que nem todo final era feliz e nem todo feliz era para sempre. Aos poucos fui vendo meu príncipe virar sapo e nenhuma fada madrinha para me ajudar antes da meia-noite.
Mais estranho é não me sentir bem por completo. Normalmente com o acontecido a tendência era o de sentir um peso retirado de minhas costas, porém a impressão que se tem é de que esse peso está preso,tatuado, pregado.. minha cruz.
Minha ingenuidade fez-me acreditar que ser forte era ser estúpida em todos meus momentos e só me fez provar o quão fraca sou.
Não pedirei desculpas mais uma vez, mesmo porque não tenho de quê ser perdoada. Só precisava entender por que a necessidade de fazer as pazes por uma briga não cometida.
Não me vi refletida em seus atos nem em pensamentos, apenas enxerguei aquilo no qual quis fugir. A responsabilidade de ser julgada por não corresponder um sentimento, como já feito comigo.
Sabe, a verdade é que deveríamos permanecer como perfeitos estranhos.

sexta-feira, 14 de maio de 2010

Amigos do Plá

Final de noite de uma quinta-feira, o dia estava meio tedioso mas a aula fechava com uma das matérias que mais gosto, desde os tempos de meu antigo professor Cássio. Assunto vai, assunto vem, o professor contou que precisava fechar nossa nota bimestral mas não queria fazer uma prova, então nos sugeriu escolher entre um trabalho escrito e um vídeo que tratasse dos assuntos vistos em sala de aula. É óbvio que o vídeo ganhou com quase 100% dos votos.
Aí eu me animei, pensei em mil e uma possibilidades. Já estava pensando em um roteiro digno de cinema até que o professor soltou a frase que eu tanto temia: "então, escolham os grupos". Nesse momento fiquei totalmente desolada, me senti como o garanhão da madrugada que acabara de tomar uma baldada de água gelada, entrei em desespero.. e passou. Como de costume, fiquei sem grupo e achei que talvez durante as próximas aulas achasse algum que eu pudesse me infiltrar e ficou por isso mesmo.

No dia da entrega do trabalho, que inclusive teve ótimos vídeos, acabei tendo de falar com o professor sobre o que havia acontecido e tentar salvar minha tão desejada notinha. Por sorte, ou não, a Joanna não havia ficado sabendo desse trabalho sabe-se lá por quê e também estava sem grupo, então surgiu a oportunidade de fazer algo com ela. Joanna, toda poderosa, não queria um vídeo por conta de sua falta de tempo e convenceu o mestre a nos deixar fazer algo impresso. Ebá. \o/
Durante conversas em como deveria ser esse trabalho, Joanna pensava em tratar de algo mais voltado ao preconceito. Eu não concordava muito com aquilo porque acabaria ficando com um ar MUITO pessoal, principalmente por parte dela. Aí entramos no acordo de tratar da exclusão social como um todo e assim fazer uma foto que mostrasse isso. Até pensei em colocar uma foto nossa, seria justo.
Como já era de se imaginar, Joanna por conta de assuntos pessoais não pode me acompanhar para a sessão fotográfica e eu como não queria e nem podia ficar sozinha no centro de Curitiba com uma câmera daquelas resolvi procurar alguma companhia máscula e forte que pudesse me proteger e espantar eventuais mals elementos que pudessem tentar fazer algo comigo e com a maquininha. Na falta desse homem, acabei chamando meu namorado mesmo, sem contar que o moçoilo poderia me ajudar.

Pronto, tudo certo para o dia das fotos, fui logo pela manhã no laboratório de comunicação buscar a câmera toda feliz. Chegando lá, com o Guilherme já ligando desesperado pra saber onde me encontrava, fui na secretaria falar com uma simpática moça que alí estava e pedi a câmera emprestada.
- Aham, e sua autorização cadê?
"Autorização? Como assim Autorização?!"
Eu não lembrava mesmo desse ponto e tive que dar meus rebolissos alí na hora pra conseguir a câmera emprestada.
- Ah moça, mas nem é trabalho de fotografia, é sociologia com o professor Marcelo e não tinha como pegar autorização. Esse trabalho é pra amanhã e vale minha nota SEMESTRAL, por favor me deixa levar!
Fiz cara de quem iria ficar aos prantos alí pro resto da vida.
- Aaaí, tá bom vai, mas você tem que me devolver essa câmera até às 17:00h.
- 17:30!
- Tá bom.
Juro por Thor e Odin juntos que nesse instante eu quase pedi a mulher em casamento tamanha minha felicidade.

Catei a Nikon D40, toda bonitinha, e sai correndo encontrar meu namorado já muito puto, com o perdão da palavra, me esperando no tubo¹ que tem alí em frente. Pegamos um biarticulado sentido Carlos Gomes e paramos em frente ao Estação, meio sem saber o que fazer, o Guilherme deu a ideia de irmos no terminal do Guadalupe pra registrar algumas cenas.
Sem brincadeira, o que se vê naquele terminal é impagável. Logo chegando demos de cara com uma senhora que falava sozinha e tremia, se alguém a olhasse de forma diferente ela xingava. Além disso, muitos deficientes que pediam ajuda e eram ignorados, sem contar a quantidade de sujeira e pessoas minimamente estranhas que circulavam pelo local.
- Meio Circo dos Horrores aqui né?
- Sim, mas é normal - Disse Guilherme.
Eu e ele igual a duas crianças com um brinquedo novo na mão, fazendo de tudo para tirar boas fotos, o que seria perfeito alí se não fosse a pouca luz do lugar e a falta de experiência de quem estava manuzeando o brinquedo. Já conformados com a ideia de que naquele lugar boa coisa não sairia, pensamos em ir pra Rua XV, que diga-se de passagem é o point da capital. No curto caminho até lá lembrei de um amigo vindo de São Paulo que me disse tempos atrás que Ctba era uma cidade perfeita se não fosse a quantidade de mendigos.
Pois é, e cadê os mendigos quando a gente precisa? Não haviam nem aqueles punks que normalmente ficam alí vendendo suas obras primas feitas de arame.
Andamos mais um pouco até parar em frente daqueles senhorinhos engraxates que causam ódio mortal a quem alí passa de tênis por sua insistência em querer engraxar nossos belos pares de "sapato". Por alguma razão, do nada surgiu um homem pralá-de-bagdá em nossa frente e todo nervoso perguntou ao meu namorado.
- Você rapaz! Lembra de mim?!
É óbvio que o Guilherme respondeu que não.
- Eu sabia que não. Ninguém lembra de mim! Isso porque sou bêbado.. Porque sou bêbado..
E assim como chegou do nada, foi embora nos deixando alí com cara de paisagem.
"Se desse pra tirar foto do que ele disse eihn."

Continuando nossa jornada atrás de flagrantes de exclusão social, ficamos brincando de tirar foto de tudo até chegar em frente ao Palácio Avenida. Alí olho instantâneamente pro lado e vejo um senhor catando latinhas.
"Ufa! Até que enfim!"
Puxei o Guilherme pro outro lado da rua pra ter um melhor angulo daquela cena e tirei fotos, todas desfocadas. Parei pra ver por que raios as fotos estavam desfocadas e me virei...
"Ué, cadê o Floyd?"
Quando me dei conta, ele estava atrás do catador de latinhas, olhando um senhor que tocava violão no melhor modo Raul Seixas de ser. Fui até lá ver o que se passava e percebi que aquele homem cantava pra todos mas poucos ouviam. A grande maioria nem dava bola.
Rolou uma identificação muito grande com aquilo. Me permiti tirar fotos daquele homem não com a intenção de fazer fotos pra um trabalho, mas pra registrar uma daquelas cenas que te confortam mas incomodam ao mesmo tempo. Quando o homem viu que eu estava tirando fotos, sorriu e parou pra conversar conosco. No chão, havia uma grande folha branca com um desenho dele centralizado e em volta vários recados deixados por pessoas anonimas. O Plá,como ele se apresentou, disse que a mensagem dele naquele dia tão frio era o de propagar a paz. Disse também que além das músicas, escreve e tem uma exposição na feirinha do Largo da Ordem. O malandro até tentou nos empurrar um CD das músicas dele.
Pra não fazer desfeita, meu namorado comprou um livrinho de suas poesias, então Plá me passou um cartão bem simples com o link do seu MySpace, comunidade no Orkut, telefone de contato e e-mail, me pedindo para lhe enviar as fotos tiradas dele.
Então continuamos firmes e fortes na nossa luta de encontrar alguma cena chocante. Ao ver alguns carrinheiros alí na Boca Maldita peguei a câmera, me inspirei e cliquei!
"Bateria fraca."
Aquela danadinha da moça da secretaria me entregou uma máquina sem bateria, que legal. Depois daquilo, desistimos de continuar as fotos e fomos para o Largo dar uma sentada nas ruínas como de costume. Na subida pro Largo encontramos um outro maluco, mais maluco ainda, que olhou pra câmera e disse: "nossa! Isso é um canhão né? Espera anoitecer pra você ver as 'coisas' que você consegue gravar com isso! Eu vejo todo dia crianças pequenas assim óh!" e fez um gesto de como quem fuma cachimbo. O cara estava bem loco também, tinha um gira-sol pendurado no pescoço, até disse algo sobre mas eu não dei muita atenção, então subimos.
Já nas ruínas eu pensei "bem que a moça poderia ter enviado uma bateria reserva também né?". E não é que havia mesmo! Mas eu já nem queria mais tirar fotos. Foi quando o Floyd olhou a lente e perguntou "e se eu mudar aqui? Tirar de macro?". Eu me virei com ódio nos olhos e troquei o modo da lente. Incrível como as fotos começaram a sair com foco perfeito desde então.

Depois de devolver a câmera fui pra PUC mooorta de cansada, mal conseguia prestar atenção na aula. Contei tudo o que havia acontecido pra Joanna e disse que faltava escolher uma foto e depois editar. Aproveitei para lhe mostrar o livrinho adquirido naquela tarde. Foi quando peguei o livrinho de poesias e comecei a ler. Achei as poesias engraçadas pela simplicidade, já Joanna as achou interessantes e sinceras. Depois olhei o cartãozinho e o que mais me chamou a atenção no cartão foi o nome da comunidade; "Amigos do Plá"
Aquilo foi o fator decisivo pra escolher uma das fotos dele pra fazer parte do trabalho.



Pobre Plá. Se ele descobre que usei sua imagem para um trabalho contra exclusão social...



¹Tubo = Estações de ônibus curitibanas.

quinta-feira, 15 de abril de 2010

Adeus ao Último Drácula




Talvez pareça exagero, até mesmo porque comentei sobre a morte do Ivo Rodrigues esses dias. A diferença é que eu tinha apenas o respeito por Ivo, agora com o Peter...
Peter Steele era/É com toda a certeza um dos meus maiores ídolos e talvez o mais influente pra mim. Sempre adorei a idéia das letras de duplo sentido, a voz grossa, a ilariedade e ironia, as reflexões..
Não só no ToN mas também no Carnivore. Duas bandas tão diferentes e ao mesmo tempo tão iguais, tão.. sinceras (?)
Eu levei um jeito Peter Steele de viver, meio "porra-loca, crítico e sensual.

Um vez me perguntaram no fotolog quais as minhas bandas preferidas. Lembro de ter citado ToN e mais 3 bandas, cada uma por um motivo em específico mas Type o Negative como a que englobava todos esses motivos.
Também houve a vez que me perguntaram qual banda eu faria de tudo pra ver e eu disse Type ao invéz de HIM, pra surpresa da menina. Tanto que quando escolhi um login para meus endereços virtuais quis nomea-los de "Anesthesia", e não "Darkest Lie", que ao meu ver é sem dúvidas a música mais forte e mais verdadeira que já ouvi.

Ontem voltando da faculdade eu senti um clima triste, talvez fosse isso.
Hoje quando soube da péssima notícia tremi, fiquei em choque e chorei, chorei tanto.. Talvez só sinta isso de novo quando outro ídolo meu morra, ou quando for com minha mãe.
Falando em mãe, acabo de receber um comentário que descreve TUDO o que eu estou sentindo;

"Tá órfã agora, Lara."
Sim, estou...



texto publicado originalmente no fotolog.

segunda-feira, 29 de março de 2010

Bom dia Curitiba

Bom dia minha Curitiba, cidade que me trás sol e chuva em um mesmo dia. Cidade de pessoas quietas, que tantas vezes conhecidas como mal-educadas, se chamadas a uma roda de conversa demonstram interesse, integridade, respeito, ironia, bom humor e quem sabe um rio de simpatia. Cidade européia, fria e romântica.
Fria.. Aaah o frio de Curitiba! Aconchegante, preguiçoso e poético. Poético dos poétas escondidos em cada canto da Rua XV, em cada banco da Praça Tiradentes, em cada botéco do Largo da Ordem.
Cidade do MEU Largo da Ordem, onde os dias e noites boêmias divertem e tiram da rotina, onde se tem as melhores companhias por um instante e as piores companhias pra vida toda. E que seja pra vida toda...
Cidade das culturas, onde se tem de tudo um pouco. Desde o malandro pseudo-carioca, o maluco bicho-grilo, o muleque calçudo a morena clara. Onde o sotaque forte de quem nasce na terra das araucárias é despercebido. Onde daí, piá é piá e pronto.
Cidade modelo de tal ideologia, dos bonequinhos do lixo-que-não-é-lixo, da praça do hómi peladão, do atletiba, dos tubos alienígenas onde se espera a "nave" biarticulado, das belas moças bem apessoadas da Riachuello, da catedral bonita onde eu vou me casar - se eu me casar.
Cidade que quando quer me matar de vergonha, capricha lindamente e ainda assim eu não me importo.
Porque aqui, minha amada Curitiba, eu estou em casa. E tenha certeza que não te troco, por nada.

Feliz aniversário Curitiba.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Cachorro Grande? Não Passam de Vira-Latas

"Quando pequena, aprendi com meus pais a gostar de comerciais de televisão, provavelmente pelo fato de os dois trabalharem com isso. Já crescida, além de gostar comecei a entende-los melhor e assim com o total desapoio de minha mãe resolvi cursar Publicidade & Propaganda. Porém nesse meu caminho de tijolos amarelos eu descobri que o tal do monstro da censura é real..."


Essa semana, salvo engano, a CONAR vetou a campanha da cerveja Devassa (Bem Loura) que tem como estrela a personalidade internacional Paris Hilton, dos mais diversos meios de comunicação alegando que o comercial apela sexualmente do uso da figura feminina e mais alguns outros argumentos sem-pé-e-sem-cabeça que realmente não vale a pena tentar entender.

Campanha original Devassa:


Por sua vez, a Schincariol, na qual a cerveja pertence, afirma o óbvio de que o filme não está em nem uma virgula fora dos padrões exigidos pela CONAR e em seu direito de resposta fez um vídeo a altura, curto e grosso, digno de premiação na categoria "Melhor Tapa na Cara", onde trata o assunto de forma inteligente e engraçada.

Resposta a CONAR:



A decisão que não deixa só a mim como futura publicitaria indignada mas também a verdadeiros publicitários de nome e até pessoas comuns das mais diversas classes que não viram nada de mais no comercial é o fato de mais uma vez estarem calando a boca de quem tem o dever de tornar algo público.
Ok, o primeiro filme não é uma obra de arte, símbolo da genialidade publicitaria em aspectos gerais, mas nos últimos tempos foi uma das poucas campanhas que não se prendeu tanto em "homem feio jogando futebol na praia com uma gostosa ao lado".
Afinal, qual o problema do vídeo? Seria tamanha a hipocrisia que faria o órgão acreditar que uma modelo magricela e VESTIDA seria tão vulgar quanto as bundudas e peitudas de fio dental que costumam aparecer em comerciais de cerveja?

Pra quem não sabe, a CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) é ditamente um órgão que na teoria serviria para defender os consumidores de propagandas abusivas ou enganosas mas que todos nós sabemos que na prática não passa de uma piada sem graça que só serve para censurar coisas sem néxo.
No começo a idéia da organização era até bonitinha e justa, como por exemplo a proibição de mensagens subliminares e a decisão de que campanhas voltadas ao público adulto não deveriam conter crianças ou imagens que pudessem chamar a atençao das mesmas. Porém nessa brincadeira perdemos o ícone da tartaruguinha da Brahma. Ok, isso é o de menos.
Recentemente o caso mais falado foi o da Vovó Havaianas que com toda sua simpatia dava conselhos duvidosos a sua querida netinha. Eu particularmente achei aquela campanha medonha de ruim, mas aí é questão de gosto.
Ah sim, falando em gosto, fiquem vocês sabendo que isso é praticamente tudo o que se precisa para retirar um comercial de veiculação, pois as reclamações mais absurdas tiram de circulação propagandas inimagináveis.

Agora eu me pergunto; Por quê raios eles não retiram a maldita propaganda do "João Te Ligam" dos meios de comunicação?


"... Foi assim caros leitores que eu percebi que havia me metido em uma verdadeira briga de cachorro-grande e que por mais inocente que um publicitário possa ser, aos olhos da censura ele será sempre o lobo mau."

segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

Tomei um banho gelado...

Tomei um banho gelado na intenção de que minha culpa fosse embora junto da água fria, mas foi em vão. Minha cabeça dói e ao passar a mão nela notei a presença de uma ferida que não sei como foi parar lá. Foi quando vi que realmente preciso dar um basta.
Ainda sinto o gosto amargo que outrora tão doce fez-me cair em prantos. Não quis que fosse assim, pois jamais quis enganar ou ser enganado. Além de tudo agora sinto ódio de mim mesmo e meu pior castigo é ver que estou me tornando tudo aquilo que sempre tive nojo. Logo lembro da quantia de veneno que guardo na lavanderia para acabar com as pragas que insistem em invadir minha casa. Nada mais justo que um fim medíocre a um ser medíocre como o homem que vos fala.
Logo eu, que jurei tornar-me um ser mais forte, que aprendi na teoria não esperar das pessoas nem metade do que se pode dar a elas, me perco na prática. Como um completo tolo deixo novamente que os sentimentos tomem conta de mim. Um verdadeiro trouxa.
Não quero que esse texto tenha o ar de lamento, despedida ou seja lá como for meu fim, apenas venho, humilde e humilhado, pedir que apenas uma vez eu ganhe como consolo aquela frase que nunca ouvi: "Eu te perdoo".