segunda-feira, 29 de março de 2010

Bom dia Curitiba

Bom dia minha Curitiba, cidade que me trás sol e chuva em um mesmo dia. Cidade de pessoas quietas, que tantas vezes conhecidas como mal-educadas, se chamadas a uma roda de conversa demonstram interesse, integridade, respeito, ironia, bom humor e quem sabe um rio de simpatia. Cidade européia, fria e romântica.
Fria.. Aaah o frio de Curitiba! Aconchegante, preguiçoso e poético. Poético dos poétas escondidos em cada canto da Rua XV, em cada banco da Praça Tiradentes, em cada botéco do Largo da Ordem.
Cidade do MEU Largo da Ordem, onde os dias e noites boêmias divertem e tiram da rotina, onde se tem as melhores companhias por um instante e as piores companhias pra vida toda. E que seja pra vida toda...
Cidade das culturas, onde se tem de tudo um pouco. Desde o malandro pseudo-carioca, o maluco bicho-grilo, o muleque calçudo a morena clara. Onde o sotaque forte de quem nasce na terra das araucárias é despercebido. Onde daí, piá é piá e pronto.
Cidade modelo de tal ideologia, dos bonequinhos do lixo-que-não-é-lixo, da praça do hómi peladão, do atletiba, dos tubos alienígenas onde se espera a "nave" biarticulado, das belas moças bem apessoadas da Riachuello, da catedral bonita onde eu vou me casar - se eu me casar.
Cidade que quando quer me matar de vergonha, capricha lindamente e ainda assim eu não me importo.
Porque aqui, minha amada Curitiba, eu estou em casa. E tenha certeza que não te troco, por nada.

Feliz aniversário Curitiba.

quarta-feira, 3 de março de 2010

Cachorro Grande? Não Passam de Vira-Latas

"Quando pequena, aprendi com meus pais a gostar de comerciais de televisão, provavelmente pelo fato de os dois trabalharem com isso. Já crescida, além de gostar comecei a entende-los melhor e assim com o total desapoio de minha mãe resolvi cursar Publicidade & Propaganda. Porém nesse meu caminho de tijolos amarelos eu descobri que o tal do monstro da censura é real..."


Essa semana, salvo engano, a CONAR vetou a campanha da cerveja Devassa (Bem Loura) que tem como estrela a personalidade internacional Paris Hilton, dos mais diversos meios de comunicação alegando que o comercial apela sexualmente do uso da figura feminina e mais alguns outros argumentos sem-pé-e-sem-cabeça que realmente não vale a pena tentar entender.

Campanha original Devassa:


Por sua vez, a Schincariol, na qual a cerveja pertence, afirma o óbvio de que o filme não está em nem uma virgula fora dos padrões exigidos pela CONAR e em seu direito de resposta fez um vídeo a altura, curto e grosso, digno de premiação na categoria "Melhor Tapa na Cara", onde trata o assunto de forma inteligente e engraçada.

Resposta a CONAR:



A decisão que não deixa só a mim como futura publicitaria indignada mas também a verdadeiros publicitários de nome e até pessoas comuns das mais diversas classes que não viram nada de mais no comercial é o fato de mais uma vez estarem calando a boca de quem tem o dever de tornar algo público.
Ok, o primeiro filme não é uma obra de arte, símbolo da genialidade publicitaria em aspectos gerais, mas nos últimos tempos foi uma das poucas campanhas que não se prendeu tanto em "homem feio jogando futebol na praia com uma gostosa ao lado".
Afinal, qual o problema do vídeo? Seria tamanha a hipocrisia que faria o órgão acreditar que uma modelo magricela e VESTIDA seria tão vulgar quanto as bundudas e peitudas de fio dental que costumam aparecer em comerciais de cerveja?

Pra quem não sabe, a CONAR (Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária) é ditamente um órgão que na teoria serviria para defender os consumidores de propagandas abusivas ou enganosas mas que todos nós sabemos que na prática não passa de uma piada sem graça que só serve para censurar coisas sem néxo.
No começo a idéia da organização era até bonitinha e justa, como por exemplo a proibição de mensagens subliminares e a decisão de que campanhas voltadas ao público adulto não deveriam conter crianças ou imagens que pudessem chamar a atençao das mesmas. Porém nessa brincadeira perdemos o ícone da tartaruguinha da Brahma. Ok, isso é o de menos.
Recentemente o caso mais falado foi o da Vovó Havaianas que com toda sua simpatia dava conselhos duvidosos a sua querida netinha. Eu particularmente achei aquela campanha medonha de ruim, mas aí é questão de gosto.
Ah sim, falando em gosto, fiquem vocês sabendo que isso é praticamente tudo o que se precisa para retirar um comercial de veiculação, pois as reclamações mais absurdas tiram de circulação propagandas inimagináveis.

Agora eu me pergunto; Por quê raios eles não retiram a maldita propaganda do "João Te Ligam" dos meios de comunicação?


"... Foi assim caros leitores que eu percebi que havia me metido em uma verdadeira briga de cachorro-grande e que por mais inocente que um publicitário possa ser, aos olhos da censura ele será sempre o lobo mau."